Exposição de Denise Vourakis pode ser conferida até 22 de setembro na Galeria Parangolé

Em cartaz desde 09 de agosto na Galeria Parangolé, no Espaço Cultura Renato Russo, a exposição “Linhagem Cartográfica” pode ser visitada até 22 de setembro. Na composição da mostra, a artista, que também é psicóloga junguiana, teve como ponto de partida as heranças dos antepassados. A narrativa remete a procedências, rupturas e deslocamentos que muitas vezes são inevitáveis na vida, salientando importantes aspectos comuns da história de cada um: as heranças físicas e emocionais.

“Todos nós possuímos um passado ancestral que influencia escolhas, destinos e vocações. São frutos das distâncias percorridas, caminhos vividos por aqueles que vieram antes de nós. São estas andanças que norteiam este meu trabalho”, afirma Denise Vourakis.

“Linhagem Cartográfica” embarca no desejo de que cada um compreenda sua ancestralidade e experimente o acolhimento de conhecer suas origens. O convite é para que o público reflita sobre a própria história, na consciência de que ela não começa: ela continua, ela descende. “Na abordagem junguiana, que é na qual atuo como analista, entendemos que muito do que nossos antepassados viveram, passaram, em termos de experiência e até de traumas, influencia na vida de seus descendentes através da criação, por exemplo. Então, ao tomarmos consciência da história familiar, de nossas origens, de nossa herança psíquica, podemos entender certas situações, escolhas, padrões que permeiam nossa existência e, assim, tentar transpor”, explica.

Na exposição, referências genealógicas ficam evidentes em obras como “Mares Vencidos, Destino Apaixonado”, “Casamento Grego”, “Rio das Almas”, trabalhadas em cerâmica, no “Móbile: O Passado O Vento Não Leva”, que carrega em fitas de cetim nomes de parentes e 200 medalhas católicas. Já as pinturas em acrílica, da série “Destino”, mostram travessias marítimas de homens que deixaram seus locais de nascença para se estabelecerem em outros lugares ao lado das famílias que formariam. Entre as instalações, uma das mais impactantes está na vitrine e traz um vestido da mãe da artista: “……………………….”

“Linhagem Cartográfica” embarca no desejo de que cada um compreenda sua ancestralidade e experimente o acolhimento de conhecer suas origens. O convite é para que o público reflita sobre a própria história, na consciência de que ela não começa: ela continua, ela descende. “Na abordagem junguiana, que é na qual atuo como analista, entendemos que muito do que nossos antepassados viveram, passaram, em termos de experiência e até de traumas, influencia na vida de seus descendentes através da criação, por exemplo. Então, ao tomarmos consciência da história familiar, de nossas origens, de nossa herança psíquica, podemos entender certas situações, escolhas, padrões que permeiam nossa existência e, assim, tentar transpor”, explica.

 

Sobre Denise Vourakis

A arte faz parte da vida de Denise Vourakis desde a infância, quando desenhar era um de seus passatempos preferidos. Carioca, mudou-se para Brasília nos anos 80, onde concluiu os estudos de Psicologia e começou a cursar o bacharelado em Artes, ambos na UnB. Já no primeiro emprego, as duas áreas estavam juntas. “Era um ateliê de artes que fazia parte de uma clínica de psicologia. Ali eu recebia adultos e crianças e fazia a minha arte. Nesta época participei de minha primeira exposição”, relembra.

A conclusão do bacharelado em Artes, que foi pausado lá atrás, veio em 2015. Deste então ela tem participado de várias exposições coletivas. A primeira individual “Sublimatio”, inspirada em imagens e símbolos de sublimatio, que é uma operação alquímica, aconteceu em abril de 2016 no Espaço Cultural Ary Barroso, no Sesc-DF.

Denise Vourakis também é escritora com dois livros lançados: “Travessias no tempo – Arte & Jung”, com vários autores e “A Trama da Imagem – Vias da psique rumo ao si mesmo”, sua escrita solo.

Algumas obras em destaque:

Vestida de (A)Mar aborda a ancestralidade feminina, no caso da artista, mulheres de origem caiçara, que tiveram a vida vivida junto ao mar. Pesca e embarcações fizeram parte de seu cotidiano. A instalação traz a presença feminina e sua importância no cotidiano das famílias e influências culturais em seus filhos.

A instalação Rio das Almas remete à ancestralidade, um rio que acolhe as almas, também é um rio do mesmo nome. O Rio das Almas atravessa a cidade de Pirenópopolis, cidade que a artista acolheu como sua, onde a casa onde mora acolhe a sua ancestralidade. O litoral dá lugar ao cerrado, lugar escolhido para emigrar.

O Móbile o passado o vento não leva, homenageia as antepassadas da artista. Sinaliza que, não importa de onde é a origem de cada um, seus antepassados estarão presentes, deixam marcas, projetam suas vidas. Estamos, todos nós banhando sempre nesses rios de almas.

Almoço de Domingo traz a realidade das famílias, suas vivências e antagonismos, conflitos e confrontos, presentes em todas as gerações.

SERVIÇO:

Exposição “Linhagem Cartográfica”, de Denise Vourakis

Data: até 22/09/2024

Horário: das 10 às 20h, de terça a domingo

Local: Galeria Parangolé- Espaço Cultural Renato Russo (508 Sul)

Indicação etária: livre

Entrada franca